1. |
Afogado
02:09
|
|||
2. |
Angústia
06:38
|
|||
Abre teus olhos
e veja
o que resta
de mim
Coração gelado
corpo morto.
O que eu mais faço da minha vida,
praticamente todos os dias,
é construir castelos
feitos de nuvens
dentro de mim.
São lindos, são plenos,
porém são frágeis
frágeis
como o que representam.
Eu já cansei
de olhar pra trás
e não ver mais nada.
Hoje me arrasto
numa caminhada lenta
e incerta.
Não sei
da onde
vem
a coragem
pra fingir
força de vontade.
Só como o sol,
é isso que sou.
E é como o sol que me arrasto,
enfrentando todos os dias.
E é como o sol que brilho,
pra ninguém
enxergar
meus olhos.
Dói, isso dói,
como o carinho
de suas mãos geladas.
Isso me destrói.
Estou reduzido ao nada.
|
||||
3. |
Morada
03:33
|
|||
O passado é sua culpa.
O presente, sua sentença.
|
||||
4. |
Avalanche Pt. II
08:28
|
|||
Sentado a beira do mar,
com os pés molhados,
avisto nuvens de todas as formas.
O vento as carrega de um jeito tão livre,
que chega a ser invejável.
Elas se encaminham para o horizonte,
onde o sol está se pondo,
assim como os pássaros
que quebram o silêncio daquele momento.
Plenitude.
A cena me lembrou o porquê
de eu estar ali naquele instante:
eu precisava fugir de ti,
pra finalmente me encontrar
em mim.
E quando você fala,
suas palavras caem
como pedras
sobre mim,
soterrando tudo
o que eu sinto.
Mas tudo que eu queria
ao seu lado,
era só
me sentir
mais vivo.
|
||||
5. |
Arpoador
10:38
|
|||
Espero o tempo
dizer que acabou,
e levo comigo
o coração
que me sobrou.
Longe,
nos mares,
por outros ares,
enterro meus medos,
os mapas, as bússolas
e todos meus outros segredos.
Eu sou eterno,
extremo pálido,
meu corpo é sujo
e meus braços são fracos.
Infinito é o abraço,
o mar e o espaço,
natural é ser
o que se é destinado.
Mas está tudo errado,
está tudo errado
nesses últimos dias de março
o mar fica sujo e o vento fica mudo.
Meu corpo não obedece,
o pessimismo prevalece,
meu coração já não se aquece,
na falta de um motivo.
Mas bons são meus verdadeiros amigos
aqueles que sempre confio
aqueles que são meu abrigo,
sempre tão bem vindos,
sempre meus amigos.
Flutua, nave,
sob a tempestade
e sobre o oceano,
Veja correr
as horas,
os dias,
os meses,
os anos.
Mostra,
farol,
o melhor caminho.
Veleja,
marujo,
para teu destino:
A saudade.
|
||||
6. |
Artemisia
05:55
|
|||
As luzes se apagam e me recosto nas paredes
Deste quarto me assombra
Chove forte lá fora,
ouço trovões e desespero
Eu tenho medo
Me lembro de deitar no teu ombro nessas horas
Apertar sua mão
Mas hoje,
isso nada mais é
do que só uma lembrança
Os últimos dias estão sendo violentos
e eu estou me perdendo.
Apenas não sinto
Mas os gritos continuam
A incerteza, a morte das ideias
E então, a dança acaba
A música para.
|
Streaming and Download help
Nvblado recommends:
If you like Nvblado, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp